Grupo de sem-teto que ocupou área do município, no bairro Cidade Ozanan, está recebendo apoio de entidades e movimentos populares relacionados à causa. As manifestações foram encaminhadas à organização Terra Livre e divulgadas na página on-line do movimento.
Em documento, as entidades repudiam a ação do prefeito Anderson Adauto de buscar reintegração de posse na Justiça e defendem que a área está mais limpa e segura agora, com a presença dos ocupantes. São cinco moções de repúdio, assinadas pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), o Movimento Popular pela Reforma Agrária, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Jornais e Revistas no Estado de Minas Gerais, a Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior e o próprio movimento Terra Livre.
Os apoiadores também exigem que o direito à moradia seja cumprido e cobram a reforma urbana. Em carta, a organização Terra Livre alega ainda que o município omite seu papel na questão: “se o terreno é da Prefeitura, pertence ao povo de Uberaba e deve estar a seu serviço”.
Apesar da determinação judicial para reintegração de posse, os ocupantes continuam na área. De acordo com o subcomandante, major Ney Sávio de Oliveira, a operação deverá acontecer a partir de terça-feira (14), pois a estratégia para a retirada está sendo reorganizada e também porque, devido ao feriado, não houve como disponibilizar os recursos necessários. “Não são recursos logísticos nossos”, explica.
Na quarta-feira à tarde, a PM também foi acionada para desocupação das outras três áreas anexas à da PMU, que pertencem a particulares. Os oficiais de justiça já fizeram a notificação, conforme o subcomandante. Major Ney estima que a desocupação deverá levar um dia, contando com reforços de caminhões cedidos pela Prefeitura e cerca de 30 pessoas designadas pelo Judiciário.
A equipe de reportagem do Jornal da Manhã também tentou contato com o representante jurídico do grupo, Adriano Espíndola, mas não teve sucesso.
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